8 de junho de 2009
Cerebrando
Além de "celebrar", faríamos muito bem em Cerebrar algumas coisas. Nem todas, mas algumas. Cerebrar significa fazer entrar no cérebro, fazer sua mente compreender. Eu por exemplo estou tentando cerebrar meus 39 anos de idade, porque por mais chavão que seja, eu não me sinto com mais do que 16... 16 e umas pauladas da vida, 16 e várias cicatrizes, 16 e talvez umas varizes... meu corpo tem 39, mas eu tenho 16, porque tenho mais e tenho menos. Com 16 anos, eu tinha menos experiência do que hoje, mas também tinha menos medos, mais confiança. E com 16 anos, eu já tinha um código de valor bastante apurado, já sabia quando estava cometendo uma grande cagada, ou apenas uma pequena besteira. Ou ao menos sabia quase sempre... Cerebrar deveria ser o poder de informar à sua mente que você tem a idade que tem, mas nem por isso vai deixar de sonhar o que sonhava com 16, ou 12, ou 18. Cerebrar seria atingir um valor "real" da idade, e não se deixar levar por convenções e convicções que te castram e bloqueiam. Eu quero cerebrar sempre, mas com a alma leve, livre do pessimismo que infecta, mas também livre do otimismo de corporação que subjuga as mentes àquilo que sempre foi, com um formato novo e radiante.
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Eu sou muitas coisas, incluindo alguém que não curte minicvs. Comunicador social, com pesquisa de mestrado sobre como a mídia mostrou a guerra na Síria, com ênfase no Oriente Médio... mas não sei se isto explica os textos (ao menos até Agosto/2012). Desde 2016 vivo em Helsinki, Finlândia, e venho postando timidamente histórias e observações sobre o mundo sob esta nova perspectiva imigratória.
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