18 de junho de 2010

E La Nave Va...

Inquieta-se com o olhar do outro sobre si. Inquieta-se e perde a beleza, perde a naturalidade, só perde, Por vezes me pergunto onde ficou a sua deliciosa autenticidade, mas nada, sua fala é superfície, seu aspecto plácido é montado. Cerca-se de outras vidas maquiadas, redomas que fingem interagir. Perde-se em tantos papéis, e prefere não misturar mundos, a se ver obrigada a se entregar. Num mundo onde nada é verdadeiro, é um simples ato a mais, dentre os muitos atos da atriz, intérprete de si mesma, no papel único de ser menos do que é.

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