Somos alvo de tudo, menos do ócio criativo, do livre pensar, não somos senhores do nosso tempo. Com isso, o feedback ficou supérfluo. Sem feedback, o comunicador, o blogueiro, fica no vácuo, no vazio. Ele sabe que sabe produzir um bom texto, mas não sabe corrigir e melhorar, e não pode alterar o rumo - ele fica mais engessado. E coisa é ainda um pouco mais grave. A sociedade sem feedback, sem retroalimentação, é solitária e empobrecida. O feedback analógico foi substituído pelo tuíte, numérico e digital: eu não digo o que penso sobre você e suas ideias, mas você quantifica seu poder de alcance na sociedade do espetáculo, no big brother da vida atual. Tuitar alguém é, sem dúvida, prestigiá-lo, mas não substitui a crítica, a pluralidade de visões.
24 de março de 2011
Solidão e Solidez
Ontem uma amiga, uma Cândida amiga, escreveu um texto sobre solidão. Bem, a ela eu digo que o feedback é um negócio em desuso por seres humanos, provavelmente causado pelo excesso de informação, metainformação (informação descontextualizada), desinformação("verdades" como correntes, milagres, conincidências numéricas pretensamente inexplcáveis) e informações tergiversais - propagandas e imprensa a serviço de alguém guerreando para conduzir nossa percepção para um lado ou outro de um debate. Comunicar ficou mais complicado.
Eu sou muitas coisas, incluindo alguém que não curte minicvs. Comunicador social, com pesquisa de mestrado sobre como a mídia mostrou a guerra na Síria, com ênfase no Oriente Médio... mas não sei se isto explica os textos (ao menos até Agosto/2012). Desde 2016 vivo em Helsinki, Finlândia, e venho postando timidamente histórias e observações sobre o mundo sob esta nova perspectiva imigratória.
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Um comentário:
Pois então aí vai o meu feedback: seus textos estão vindo num cescendo, os recentes melhores que os velhos.O Déficit Emocional me fez querer ler os de baixo. Um temperinho de sarcasmo lhe cai bem.
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