16 de fevereiro de 2011
As coisas conversam
Geladeira está sozinha no seu canto, tremendo, quando ouve um "psiu". George Foreman, o Grill, queria saber qual seria o menu do dia. Geladeira sabia que George Foreman só estava puxando papo furado, pretexto para flerte. George Foreman, apesar dos bifes, é um grill bem galinha. Enquanto isso, Criado Mudo guardava segredos pouco edificantes do dono do quarto, e a Ducha Higiênica substituia o sr Bidê. Smartphone e Computador mantinham relacionamento intenso, em cima da mesa, via bluetooth e wi-fi. O gato era apenas carne e instintos, e se suicidaria sem querer, tentando pegar uma vespa que sairia sem destino pela janela do banheiro. Os humanos nunca souberam disso, e tocavam suas vidas mecânicas, trabalho, escola e academia, absorvendo os nutrientes necessários para tornarem-se menos coesos.
Eu sou muitas coisas, incluindo alguém que não curte minicvs. Comunicador social, com pesquisa de mestrado sobre como a mídia mostrou a guerra na Síria, com ênfase no Oriente Médio... mas não sei se isto explica os textos (ao menos até Agosto/2012). Desde 2016 vivo em Helsinki, Finlândia, e venho postando timidamente histórias e observações sobre o mundo sob esta nova perspectiva imigratória.
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