Festa é o nome que damos ao rito de louvor à felicidade, a uma das mairoes felicidades que conhecemos: a comunhão. Festa é partilhar com o outro do mesmo sentimento, quer seja ele o som, a luz, o glamour ou simplesmente uma reza, é tudo comunhão. Finda a festa, voltamos para a vida. A festa simboliza um pedido humano a um deus qualquer. Pedimos que esse deus torne eterna nossa alegria fugaz, nossa adrenalina de momento, nossa euforia extrema. Mas o responsável não nos atende, ao menos não de bate-pronto. Ele nos diz, metaforicamente, que temos que sofrer mais um pouco para merecermos mais. Temos que penar muito e temos que ter só alguns momentos, vislumbres michos apenas, do que é a felicidade. É cristão, e é absurdo, mas é tudo o que faz a maior parte de nós, a maior parte do escasso tempo que temos.
21 de setembro de 2010
Fim da Euforia
Eu sou muitas coisas, incluindo alguém que não curte minicvs. Comunicador social, com pesquisa de mestrado sobre como a mídia mostrou a guerra na Síria, com ênfase no Oriente Médio... mas não sei se isto explica os textos (ao menos até Agosto/2012). Desde 2016 vivo em Helsinki, Finlândia, e venho postando timidamente histórias e observações sobre o mundo sob esta nova perspectiva imigratória.
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