12 de dezembro de 2007

Fuga

O meu pai era um híbrido de Sancho Panza e D. Quixote, ou Sherlock e Watson. Depois da sua morte eu encontrei muitas pessoas que eu não conhecia que conviveram em algum grau com ele, sempre falando muito bem dele. Ele adorava um bom papo cabeça, e seu lado professor adorava entrar na vida das pessoas propondo certeiras soluções. Acho que as pessoas sentiam amparo em seu discurso inflamado, como se ele fosse um vingador. Era meu herói, meio anti-herói como Hommer Simpson ou Ghouar Toshi (comediante Sírio) e eu não percebi a tempo, e sua morte ainda me doi muito.


Deus, existindo, me deve muitas explicações.

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