Deus, existindo, me deve muitas explicações.
12 de dezembro de 2007
Fuga
O meu pai era um híbrido de Sancho Panza e D. Quixote, ou Sherlock e Watson. Depois da sua morte eu encontrei muitas pessoas que eu não conhecia que conviveram em algum grau com ele, sempre falando muito bem dele. Ele adorava um bom papo cabeça, e seu lado professor adorava entrar na vida das pessoas propondo certeiras soluções. Acho que as pessoas sentiam amparo em seu discurso inflamado, como se ele fosse um vingador. Era meu herói, meio anti-herói como Hommer Simpson ou Ghouar Toshi (comediante Sírio) e eu não percebi a tempo, e sua morte ainda me doi muito.
Eu sou muitas coisas, incluindo alguém que não curte minicvs. Comunicador social, com pesquisa de mestrado sobre como a mídia mostrou a guerra na Síria, com ênfase no Oriente Médio... mas não sei se isto explica os textos (ao menos até Agosto/2012). Desde 2016 vivo em Helsinki, Finlândia, e venho postando timidamente histórias e observações sobre o mundo sob esta nova perspectiva imigratória.
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